Ao mestre com carinho: Pedro Shuchin Iwamoto

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Convidei o consultor da área de Desenvolvimento Institucional do nosso Colégio, Eng. Pedro Shuchin Iwamoto, para uma palavra sobre o momento de distanciamento que estamos vivendo, leiam:

A pandemia do coronavírus e a necessidade imposta de isolamento social transformou drasticamente a nossa rotina.

Para muitos, a vida se tornou um corre-corre para tentar honrar compromissos, tarefas domésticas, cuidar dos filhos, além da neurose necessária com a limpeza de tudo que entra em casa.

Sabemos que quando a tempestade nos assola, Deus é o nosso refúgio e fortaleza. Em tempo de dificuldades, realidades severas que enfrentamos, estamos sempre em busca de um ambiente que nos proteja e nos dê a segurança que precisamos.

Assim nos ensina o salmista “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia” (Salmos 46:1).

Apesar das lutas de todos, pais, professores, alunos, confiamos no nosso Pai que nos vê em secreto. “Lancemos sobre Ele toda a nossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de nós” (1 Pedro 5:7).

Ao mesmo tempo que exercitamos “a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança” (Rom5:3), olhemos e oremos pelos nossos queridos professores.

Sem tempo para perder, é o professor que, de repente, precisa reinventar e adaptar uma nova realidade e formatar sua cabeça para mudar de sintonia, exigindo outras formas de ensinar, sem que ninguém reflita sobre como ele está se sentindo, ou que tempo precisa para se ajustar a este novo cenário.

Os professores estão se tornando máquinas de produzir atividades, conteúdos, utilizando múltiplos recursos digitais, podcast, videoaulas, videoconferência, para que os seus alunos não percam nada e sigam aprendendo.

É preciso contextualizar que o professor está deixando um ambiente que lhe é familiar, acostumado às salas de aula. Lá ele ministra para um público presencial cativo, dialogando olho no olho, percebendo o momento e o clima da sala. No mundo que dominou até o momento, o professor era de uma postura e carisma constante. Ele foi crescendo e desempenhando seu papel profissional. Precisou de tempo para aprender.

É tempo de reflexão. Não é tempo de lamento. É tempo de conexão. É tempo de união. Tempo de somar e aprender de forma mais colaborativa. O professor precisa de cuidados em primeiro lugar. É a oportunidade para pensar em como está se sentindo. Descobrir do que precisa. E não funcionar como uma máquina de produzir tarefas. Ele é muito mais que isso.

Precisamos cuidar de todos. Este é o único caminho para sairmos deste tempo mais fortalecidos como pessoas e educadores que somos.

Não nos compete saber quanto tempo esse isolamento social vai durar. Mas precisamos nos sentir bem para poder ajudar uns aos outros e seguir adiante, qualquer que seja o cenário futuro.

“Porque Deus é o que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Façamos todas as coisas sem murmurações nem contendas”
Filipenses 2:13

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