A figura do meu pai

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Quando eu era pequeno, por volta dos meus seis ou sete anos, meu pai nos levava para passear à tarde, após o banho, de mãos dadas, pela rua principal de Promissão. Eu e minhas irmãs ansiávamos por aquele momento de sair com o papai rumo à sorveteria ao lado da estação de trem.

Não havia televisão. Ele era a inspiração para os filmes que construíamos em nossa imaginação infantil, cada vez que sentava com os filhos para contar suas histórias que dominavam nossa atenção.

Em minhas tantas memórias sobre ele, ficaram marcados os momentos devocionais ao redor da mesa do café da manhã, nos ensinando sobre as Escrituras e o amor de Deus com sabedoria e amor, legado que se tornou em minha vida um dos tesouros mais preciosos que um homem pode receber.

Ao revisitar estas lembranças, consigo afirmar hoje o quanto a sua presença representou para nós segurança e proteção. Com ele, eu, meus irmãos e minhas irmãs sentíamos intrépidos, prontos para enfrentar quaisquer desafios com coragem e resiliência. 

E assim vou compreendendo, a cada ano que o Senhor me concede, a inestimável importância da figura paterna na construção da identidade e destino de uma criança. Ser pai é um privilegiado galardão dado por Deus mas, com ele, vem a responsabilidade de suprir necessidades básicas de amor e proteção que interferem no futuro dos filhos.

Meu querido pai me ensinou tantas coisas… E, mesmo sem perceber, apenas com seu exemplo, me mostrou que é possível – mesmo em meio à nossa imperfeição – cumprir o insubstituível papel de pai com a excelência devida.

Este é meu desejo a todos que foram agraciados com a divina missão paterna, especialmente em meio às comemorações pelo Dia dos Pais. Sem dúvidas, a começar por mim, honrar a herança do Senhor, ao me confiar tamanho galardão, é o melhor presente que um homem pode receber nesta data,  ao olhar para seus filhos.

Que assim seja! Feliz Dia dos Pais!

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