Como as atividades lúdicas podem ajudar no desenvolvimento das crianças?
Aprender brincando é muito construtivo para as crianças. Como elas se sentem mais interessadas nas atividades, o educador consegue, assim, um engajamento maior.
As escolas já investem em atividades extracurriculares como estratégia para engajar mais os alunos e melhorar a qualidade do ensino. A habitual associação entre “ambiente rigoroso” e “escola” deixa de fazer sentido porque as crianças se sentem ativas dentro do processo e gozam de liberdade para dar vazão às suas habilidades pessoais.
As atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento infantil. Os pais e os educadores devem aproveitá-las para aprimorar processos cognitivos e motores. Por esse motivo, não deixe de conferir mais detalhes sobre o tema, leia nosso artigo elaborado especialmente sobre isso!
O que são atividades lúdicas?
Toda atividade lúdica e educativa é uma brincadeira, mas nem toda brincadeira é uma atividade lúdica e educativa.
As atividades lúdicas são aquelas cujo objetivo é estimular a interação entre os participantes de modo prazeroso enquanto são realizadas. Essas atividades dão às crianças a possibilidade de aprender pela experimentação. Como resultado, elas desenvolvem habilidades intelectuais, sociais, sensoriais e cognitivas.
A prática deve ser bem escolhida para que os participantes possam ser corretamente direcionados e, assim, consigam alcançar o aprendizado necessário.
Qual é a importância das atividades lúdicas?
As atividades lúdicas são importantes principalmente na fase de alfabetização, como auxiliares no ensino da escrita e da leitura. Muitas crianças sentem dificuldades para aprender a ler e a escrever; também para calcular operações básicas de matemática. Elas podem sentir muita pressão nesse sentido. Por meio de brincadeiras selecionadas, é possível transformar esse aprendizado, deixando-o mais divertido.
A importância das brincadeiras se destaca mais ainda devido ao que determina a BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Conforme esse documento, o direito de brincar está entre os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças. A BNCC define também os campos de experiência, que são significativos para o desenvolvimento infantil:
- o eu, o outro e o nós;
- corpo, gestos, movimentos;
- traços, sons, cores e formas;
- espaço, tempo, quantidade, relação e transformação;
- escuta, fala, imaginação e pensamento.
A partir dos campos de experiência, as atividades lúdicas asseguram benefícios para o desenvolvimento infantil, como:
- estímulo da psicomotricidade;
- desenvolvimento das capacidades motoras e cognitivas;
- exploração das habilidades;
- desenvolvimento da imaginação, fantasia e criatividade.
Além disso, brincadeiras bem trabalhadas permitem que as crianças conquistem mais autonomia para tomar suas próprias decisões.
Vale lembrar também de que, durante a pandemia do coronavírus e o isolamento social, as atividades lúdicas foram valiosas para dar continuidade às práticas educativas e para melhorar o relacionamento entre pais e filhos. As brincadeiras educativas são uma ótima opção para ocupar o tempo disponível de forma sadia.
Quais são as atividades lúdicas?
Há diferentes brincadeiras que os pais podem praticar com seus filhos para estimular habilidades, como: comunicação, coordenação motora, percepção do espaço, raciocínio lógico, linguagem, criatividade, consciência corporal, memorização, imaginação, gosto pela leitura, proximidade com os números, empatia, entre outras.
A seguir, algumas delas estão separadas por faixa etária (mas considere que essas atividades não estão restritas às faixas etárias indicadas).
Teatro de fantoches (1 a 3 anos)
Fazer “teatrinhos” não está fora de moda. Ainda é muito importante motivar seus filhos a estimularem a imaginação usando o tradicional teatro de fantoches. Luzes, falas, cores e gestos chamam a atenção dos bebês e já estimulam sua imaginação. Para filhos maiores, interagir com a ludicidade dos teatrinhos favorece o desenvolvimento criativo.
Narração de histórias (3 a 6 anos)
Ouvir histórias é agradável em qualquer idade, porém, entre 3 e 6 anos, as histórias despertam a capacidade imaginativa de seu filho, que mergulha em mundos mágicos, onde tudo é possível. No universo fantasioso, existem fadas, magos, bruxas, dragões, duendes, gigantes, princesas, monstros, animais falantes, objetos mágicos, e quase sempre a narrativa tem final feliz.
Massinha (3 a 8 anos)
A massinha de modelar é uma excelente ferramenta para que seus filhos criem peças e expressem seus sentimentos. É uma forma de trabalhar a arte e pode revelar tendências para a arquitetura ou a escultura, por exemplo. A criança vai dar forma às coisas que realmente gosta: bichinhos, árvores, casas, objetos e seres míticos.
A manipulação da massinha ajuda no desenvolvimento criativo, na coordenação motora, no desenvolvimento da atenção, além de exercitar a musculatura dos dedos e das mãos.
Uma curiosidade é que a brincadeira de modelar é bastante antiga. Na Antiguidade, as crianças usavam o barro para modelar — e na zona rural era assim até há algum tempo.
Jogo de memória (4 a 12 anos)
Esse clássico jogo é uma forma de exercitar a memória dos seus filhos. Não precisa ser um jogo pronto, é possível usar objetos do quarto, da sala, da cozinha ou até os brinquedos.
Os pais podem reunir 10 objetos diferentes, pedir que os filhos observem por alguns minutos e, depois, retirar alguns para que eles digam quais estão faltando. Se a criança apresentar alguma dificuldade, podem ser reunidos menos objetos: 8, 7 ou 5, por exemplo.
Desenho e pintura a dedo (5 a 12 anos)
Os pais podem dar aos filhos folhas de papel reciclado, canetas coloridas, tintas à base de água e pincel. Essa atividade lúdica permite que os filhos estimulem sua imaginação, fazendo diferentes desenhos com as pontas dos dedos. No final, os desenhos podem ser reunidos para formar um tipo de “galeria familiar”.
Dados divertidos (6 a 12 anos)
Deve ser montado um dado e, em cada face, ser escrita uma ação a ser executada por seu filho: dançar, cantar, pular, abraçar, contar uma história. Esses dados divertidos ajudam a estimular a atenção e o movimento, a coordenação motora e o equilíbrio.
Outras atividades lúdicas
Ainda há muitas outras atividades lúdicas que podem ser exploradas:
- mímica animal;
- oficina de carimbos;
- vôlei de lençol;
- ABC das frutas;
- jogos de tabuleiro (palavras cruzadas, banco imobiliário, perguntas e respostas, detetive);
- leitura em voz alta;
- quebra-cabeças;
- acampamento;
- amarelinha;
- jogos em plataformas digitais;
- faz de conta.
Os pais devem aproveitar ao máximo a oportunidade de extrair vantagens das atividades lúdicas para o aprendizado dos filhos. É importante, também, escolher uma escola que aplique boa didática e que, assim, faça uso da ludicidade para complementar o ensino tradicional.
O que achou do post? Já brinca com seus filhos de forma lúdica? Aproveitou a época da pandemia de COVID-19 para desenvolver as habilidades de seus filhos com atividades divertidas? Compartilhe este post nas redes sociais para que outros pais também possam aproveitar melhor o tempo em casa com os filhos!