Geração Alpha: saiba quem são e quais suas características!
Muitos não sabem, mas existe uma classificação de gerações. Após os baby boomers, nascidos entre 1946 e 1964, apareceram os da geração X, nascidos entre 1965 e 1979. Eles cresceram ouvindo os pais falarem de aparelhos eletrônicos, mas esse tipo de tecnologia avançada era uma coisa distante da realidade que viviam.
Em seguida, surgiu a geração Y, formada pelos que nasceram entre 1980 e 1996. Essas pessoas se chamavam millennials e tiveram uma familiaridade maior com as tecnologias digitais. A geração Z foi a próxima e envolve os nascidos entre 1997 e 2010: utilizam a internet desde muito novos e se sentem à vontade com a tecnologia digital.
Neste post, falaremos sobre a geração do momento: a geração Alpha. Continue a leitura para conferir um pouco mais sobre este grupo geracional.
Quais as principais diferenças entre as gerações X, Y e Z?
A geração X
A geração X se desenvolveu para conquistar um futuro melhor que o de seus pais, que viveram em uma era de recessão. Dessa forma, existia a ambição de carreiras estáveis. Isso se tornou possível porque a economia mundial entrava em uma época de prosperidade. As perspectivas em relação ao futuro eram, portanto, otimistas.
A geração Y
A prosperidade e o otimismo fizeram com que a geração Y acreditasse mais ainda nas oportunidades, buscando respostas mais rápidas. Essa busca por profissões bem sucedidas em período curto de tempo gerou frustração coletiva, pois não é possível que toda uma geração se destaque (sempre existem os casos de sucesso e os de fracasso).
A geração Z
A geração Z é a extensão da Y, mas sem as mesmas expectativas de sua predecessora. São pessoas que acompanham o desenvolvimento tecnológico e atentam muito para os jogos e a mobilidade, o que estimula a competitividade e o sentimento de cooperação.
Para a geração Z, o acesso a informação é muito rápido, de modo que as pessoas gastam muito tempo em celulares, tablets e computadores. Isso provoca um distanciamento nas relações entre elas e abre mais espaço para a tecnologia e o mundo digital.
Entre as características da geração Z estão a impaciência e a distração. Ela procura fazer apenas o que gosta e sempre esperando alguma recompensa. Um de seus pontos fortes é a preocupação com o meio ambiente.
O que é a geração Alpha?
A geração Alpha envolve os filhos dos millennials nascidos a partir de 2010, ano em que “nasceu” o iPad (Apple). Será a primeira geração para a qual muitos pontos do universo analógico parecem bem longe da realidade que eles vivenciam. Enquanto as gerações anteriores precisam se ajustar às tecnologias digitais, a geração Alpha é considerada a primeira geração digital.
Conforme especialistas, toda semana, nascem mais de 2,5 milhões de alfas ao redor do mundo. Em 2025, quando nascerem os últimos representantes dessa geração, ela pode ser formada por mais de dois bilhões de pessoas.
A maior parte nascerá nos países emergentes, em desenvolvimento. Provavelmente terão perspectivas mais promissoras com a elevação do nível de vida nos anos seguintes.
Para os alfas, a tecnologia é uma ampliação na sua forma de se relacionar e compreender o mundo. A tendência é que eles vivam melhores que seus avós e seus pais tanto no que se refere à renda quanto em relação à qualidade de vida.
Quais são as características da geração Alpha?
A imersão no digital
A principal característica é o relacionamento íntimo com o universo digital. Pode-se dizer que as crianças dessa geração já nascem digitais. Mas há outros aspectos interessantes também que os especialistas ressaltam.
O maior equilíbrio dos papéis parentais
Por exemplo, elas se desenvolvem em famílias que os papéis convencionais estão mais bem distribuídos do que há algumas décadas. Há um grande compartilhamento entre as tarefas e um equilíbrio, antes inexistente, entre vida pessoal e trabalho.
Conforme Joe Nellis, professor da Escola de Negócios Cranfield (Reino Unido), os alfas terão mais oportunidades, principalmente no que se refere a educação.
A onipresença da tecnologia
Roberto Balaguer, psicólogo e professor da Universidade Católica do Uruguai, acredita que a geração Alpha “será uma geração que receberá mais cuidados do que as anteriores, terá uma presença paterna maior, mas a tecnologia será onipresente em suas vidas e de seus pais, o que, claramente, será um fator limitante na disponibilidade emocional e na qualidade do cuidado parentais”.
A menor interação por meio da linguagem oral
Balaguer acredita que as crianças apresentarão menos interações pessoais por meio de narrativas e terão também um menor intercâmbio de linguagem. Consequentemente, existirão mais conflitos de intercomunicação oral e um eventual maior número de problemas oftalmológicos e de déficit de atenção devido a um período muito longo diante da tela de um monitor.
Em relação ao mundo analógico, o psicólogo afirma que “o mundo analógico está cada vez menos presente em nossas vidas. Apesar de os pais quererem ‘mais lama e menos tela’ para seus filhos, ao mesmo tempo passam muitas horas do dia com seus smartphones e modelam seus filhos a partir dos exemplos que dão”.
Apesar da intensa comunicação por WhatsApp, a nova geração está mais sujeita a acidentes domésticos que a geração Z. Nesse sentido, fala-se muito na distração dos pais, que ficam muito concentrados em seus smartphones e computadores ou que dão atenção aos bebês por meio de câmeras instaladas nos quartos (monitoramento remoto).
Nellis, por sua vez, ressalta que as limitações analógicas não representarão um problema para a nova geração, já que as situações analógicas serão bem escassas. Chama a atenção também para a conscientização a respeito do meio ambiente, que tende a ser profunda na geração Alpha.
Podemos resumir assim suas principais características, das quais falaremos mais ao longo do texto:
- independência;
- curiosidade;
- agilidade;
- empatia;
- dificuldade de concentração.
Como a geração Alpha se comporta no mercado de trabalho?
Um dos pontos positivos da geração Alpha no mercado de trabalho é sua flexibilidade em se adequar a novos cenários. Nesse sentido, são pessoas dispostas a trabalhar com tecnologias e equipamentos inovadores.
Devido à conectividade, é mais fácil para os membros dessa geração conseguirem qualificação. A tendência, portanto, é que apresentem uma qualidade educacional superior às outras gerações. O aprendizado à distância, por exemplo, estimula a autonomia nos estudos e a busca individual pelo aprimoramento na área em que trabalha.
A criatividade e o gosto de praticar para aprender provavelmente farão dessa geração um grupo de pessoas empreendedoras, que inovarão o mercado de trabalho, com o desenvolvimento de novas tecnologias e de novos conceitos.
Os nascidos a partir de 2010 apresentam o diferencial de conseguir usar todo o potencial da tecnologia, o que contribui para agilizar seu desenvolvimento e criar profissionais mais preparados e mais completos para o mercado competitivo.
Como educar e ensinar a geração Alpha?
Os Alphas apreciam a participação nos processos, estão abertos ao aprendizado e para escutar os adultos, mas também querem ser ouvidos — daí, a necessidade de abordagem sem autoritarismo.
Atenção e estímulos dos familiares
Ainda que exista muita interação com o mundo digital, com todos os tipos de telas (celular, tablet, computador, notebook), a família precisa ficar atenta a essa exposição e estimular os momentos de interrelação pessoal para que seja possível desenvolver laços afetivos e demais competências socioemocionais.
Autonomia e direcionamento para o aprendizado
Já vimos que a intimidade que as crianças da nova geração têm com smartphones, games, computadores e internet contribui para que elas busquem, por si mesmas, o conhecimento. Isso confere mais independência em relação ao que desejam aprender.
Mas é necessário direcionar essa aprendizagem. A autonomia no aprendizado é importante, mas é preciso desenvolver objetivos e entender que, muitas vezes, precisamos aprender assuntos mesmo que não sejam tão interessantes.
Outro aspecto relevante é que, por causa da quantidade de estímulos sensoriais que as crianças recebem, elas são mais inteligentes, já que podem desenvolver diferentes habilidades, principalmente relacionadas à criatividade e à resolução de problemas. Entre as facilidades de aprendizagem está a de programação, por exemplo.
Cultura maker
As crianças Alphas não querem somente acumular informações, querem interagir e, assim, atuar como protagonistas no exercício da aprendizagem. A cultura maker (fazer) representa bem o perfil da geração Alpha: são crianças que gostam de colocar a mão na massa, ou seja, aprender fazendo é uma ótima forma de assimilar conhecimentos e de se sentirem engajadas no processo.
Educação integrada
Mas nem tudo são flores para a nova geração. Os pais e os educadores devem ficar atentos tanto aos potenciais quanto às limitações das crianças. Como elas recebem informações de diversas mídias e com conteúdo variado, a dificuldade de concentração precisa ser trabalhada. Dispersar a atenção entre vários conteúdos ao mesmo tempo pode interferir no efetivo processo de aprendizagem.
As escolas seguem, desse modo, métodos de ensino mais focados nas necessidades dos alunos e menos focados no padrão hierárquico e sistemático de outros tempos. O papel de educador (seja de pais, seja de alunos) dá lugar ao de mentor, ou seja, de um orientador de crianças que têm à sua disposição, a qualquer momento, uma ampla gama de informações.
Segundo Piaget, “cabe ao professor acreditar na potencialidade de seus alunos, e organizar experiências que lhes possibilitem interagir com os saberes formalizados”.
A geração Alpha é a geração do momento e aquela que vai definir os rumos do futuro. Investir em escolas que saibam reconhecer essa tendência deve ser uma prioridade dos pais que buscam o melhor para seus filhos, e os pais que almejam um aprendizado valioso para a construção, não somente de uma boa carreira profissional, mas de um caráter sólido.
O Colégio Batista Brasileiro pode ajudar na educação da geração Alpha, integrando todos os aspectos necessários ao desenvolvimento do ser humano: cognitivos, físicos, afetivos e espirituais.
O colégio promove, com a ajuda de ação pedagógica, uma consciência crítica que leva o aluno a se inserir no processo de desenvolvimento da sociedade, analisando e avaliando o patrimônio cultural da humanidade, considerando o contexto social atual em que vive, como também projetando a construção do futuro pela ação refletida do homem.
O que achou do post? Como lida com a educação das crianças da nova geração? Preocupa-se com o futuro de sua família? Aproveite para conhecer mais sobre a filosofia educativa do Colégio Batista Brasileiro e entenda o que uma educação integrada pode trazer de positivo para seu filho!