Tempo de distanciamento: Juliana Restrepo Medrado

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Convidei nossa Coordenadora do Batista Baby, Profa. Juliana Restrepo Medrado para uma palavra a respeito do momento que estamos vivendo, leiam:

Estamos vivendo dias difíceis. O novo coronavírus modificou a configuração e a rotina do mundo todo, e deixou o planeta em quarentena e isolamento social. De um dia para o outro, fomos obrigados a ficar em casa. Restringiram nosso direito de ir e vir, e de conviver na igreja, no trabalho, na academia, no lazer. Isso sem contar o distanciamento das pessoas que amamos.

A pandemia trouxe consigo o medo. Tememos em razão da insegurança quanto ao futuro, quanto às questões econômicas e pelas consequências diretas da doença. De quebra, a pandemia trouxe também perigos como a imersão total nas redes sociais e o drama das fake news, que têm alimentado uma onda de ódio e intransigência, desgastando a nossa saúde emocional.

O fato é que, nesse momento de distanciamento, temos duas opções: olhar para o lado negativo – que, no caso, está bem explícito, ou olhar para o lado positivo. O lado do crescimento humano, da oportunidade de sermos pessoas melhores, de ensinarmos a quem está ao nosso lado os valores simples da vida.

Ao olhar para o que há de bom, podemos ser gratos por ganhar todos os dias uma nova oportunidade de contar histórias. Não a história dos grandes acontecimentos dos livros tradicionais – que também tem seu valor, sobretudo nesse momento. Mas podemos contar a história dos nossos antepassados, rever os álbuns de família e – por que não? – lembrar do nascimento de cada filho e da importância de cada um na família. Ao rememorar nossa história, lembramos o que Deus já fez por nós até aqui.

Podemos também crescer com estratégias de ação em grupo. Precisamos nos organizar! Alguém deve ajudar com a louça. Quem pode ir ao mercado? Quem pode ajudar o irmão mais novo com as lições? Quem vai passar álcool nas maçanetas? Podemos ensinar matemática na hora de fazer a lista de compras. Quantos litros de leite vamos precisar para uma semana? Podemos ajudar o vizinho idoso e assim demonstrar amor e solidariedade. São muitas as oportunidades que temos para ser úteis e fazer a diferença na vida uns dos outros! Podemos ser relevantes, e ajudar o outro a ser também.

As novidades do distanciamento também afetaram muito a forma de trabalho. Quem nunca fez uma videoconferência, provavelmente ainda fará. Essa adaptação no ambiente profissional também tem trazido crescimento, pois a cada dia temos que nos reinventar, criar e acreditar.

Nesse tempo, que é um tempo único em nossa história, ninguém está de férias; estamos confinados em pequenos grupos e precisamos nos adaptar e dar conta das atividades do dia a dia – o que não é nada simples. Por isso, devemos nos encorajar mutuamente, aos nossos filhos, pais, funcionários. Todos somos importantes e precisamos de incentivo. Se cada um ajudar de alguma forma, teremos mais leveza em nossos dias.

Vamos nos ajuntar com quem está pertinho, em amor, em unidade, em solidariedade. Mesmo distantes de tanto o que amamos, estejamos juntos em oração, juntos em fé, juntos no coração. Não podemos voltar a tudo como éramos antes, temos que voltar melhores! Menos egoístas e mais humanos.

Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles. Mateus 18.20

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